saudade

Não se admire se um dia Um beija-flôr invadir A porta da tua casa Te der um beijo e partir...

Fui eu que mandei o beijo Que é prá matar meu desejo Faz tempo que não lhe vejo Ah! que saudade d'ocê...

Composição: Vital Farias

Bom é ver o entardecer.

Nascer o luar, leve.

Perceber que você já não precisa de certas coisas pra viver (sobreviver).

Que você, você é sim, autosuficiente. Você é.

Que ama. Se ama. Muito.

Que talvez aquela lua, lá em cima,

que você já viu de um jeito diferente um dia,

hoje já seja outra lua...

Também diferente, mas um diferente so teu.

Um diferente tão legal... Que te traz uma fé, uma energia tão vibrante.

E te traz uma rima quentinha, pra você fazer uma nova canção.

E curtir, de um jeito extremo "teu-contigo",

uma maneira gostosamente inexplicável de rir pra si mesma e pensar: '- De que mesmo eu precisava??'

Reticências ak.

Não se acostume com o que não o faz feliz, revolte-se quando julgar necessário. Alague seu coração de esperanças, mas não deixe que ele se afogue nelas. Se achar que precisa voltar, volte! Se perceber que precisa seguir, siga! Se estiver tudo errado, comece novamente. Se estiver tudo certo, continue. Se sentir saudades, mate-a. Se perder um AMOR, não se perca! Se o achar, segure-o. [Fernando Pessoa]

sobre desamores

"No misterio do sem-fim equilibra-se um planeta. E no planeta um jardim e no jardim um canteiro no canteiro uma violeta e sobre ela o dia inteiro entre o planeta e o sem-fim a asa de uma borboleta." [ Cecilia M.]

...

Hoje resolvi escrever sobre uma coisa engraçada, que é decepcionar-se. A gente tem mania de esperar que o outro complete, que seja inteiro contigo 'all the time', e não percebemos o quão completo somos. Incompletos. Incapazes? Genuinamente dramáticos. O colo do outro é sempre mais moldável a você do que você mesmo. E, se dia ou outro esse colo não te serve, o que infimamente se quilibrava numa quina qualquer, desanda e cai. Decepção. Você não queria que caísse. Você cai também. Se machuca muito. Entre fraturas, traumatismos, hemorragias, luxações, o mais irremediável de todos, o coração, quer parar de bater. Pode? A garganta, ah a garganta! Engolir torna-se humanamente inviável. Mas você, no íntimo, crê. Talvez seja engano. Embora não menos doloroso, te é mais confortável. O mais difícil, dos desamores, é talvez não indagar-se sobre onde falhou, quem falhou, porque falhou. Humano = Falha.

Reticências ak.

Está ficando tarde, e eu tenho medo de ter desaprendido o jeito. É muito difícil ficar adulto. [ Caio F. ] .

Rascunho

Como no primeiro dia de aula, chego sem saber o que exatamente esperar. Como no primeiro dia de aula também, quase sempre alguma coisa nova, uma nova esperança, uma coisa doce, uma fé diferente me surpreende me faz pensar em mudar tudo, recomeçar! E, devagarzinho vejo o sol se abrir, um cheiro bom entrar, uma energia colorida revigorar-me. E talvez, esteja pronta de novo. Vamos lá?!